Hoje eu estava ajudando umas das alunas para quem dou aula particular com seu dever de matemática. Ela está aprendendo equações. A professora a ensinou a sempre colocar as letras (X, Y...) do lado esquerdo da equação e os números naturais do lado direito. Pois bem.
Hoje ela havia descoberto o X de um equação (= 38) e ia inserí-lo em uma outra para descobrir o Y.
2X - 40 = Y
Ela inseriu o X=38, e então a equação ficou:
2 . 38 - 40 = Y
E portanto,
76-40=Y
E então, ao invés dela concluir que 36=Y, ela inverteu a equação e colocou o Y do lado esquerdo assim:
-Y= -76+40
tornando a equação muito mais complicada. Ela não percebeu que para chegar ao resultado só precisava subtrair 40 de 76. Ela estava fazendo como a professora havia ensinado e colocando o Y do lado esquerdo. Ela não percebeu que nessa equação isso não era necessário. Isso mostra que ela não tinha realmente aprendido a lógica das equações,a lógica daquelas contas. Ela memorizou o método de se chegar ao resultado ensinado pela professora e simplesmente o reproduziu.
Acho que isso não é exatamente novidade, mas essas pequenas situações do dia a dia me lembram de como as escolas (pelo menos a grande maioria delas) estão transformando os alunos em máquinas de reprodução. Viva a nova Revolução Industrial!
Pra mim não é novidade mesmo. Na faculdade de engenharia é bem comum nos depararmos com cadeiras de matemática e física cujo único objetivo e decorar fórmulas e métodos, sem deduções. Mesmo livros dessas disciplinas muitas vezes estão voltados pra isso mesmo, decorar métodos. Por que será?
ResponderExcluirBom não conheço muito sobre ensino fundamental, mas o ensino médio pelo menos na maioria das escolas está virando um cursinho pré vestibular.
Quanto ao meu caso, o curso superior de engenharia muitas vezes é mesmo uma decoreba absurda (o que é um pouco frustrante) mas entendo isso por ser uma quantidade de matéria absurda para apenas 6 meses de aula. Enfim, deixo uma pequena contribuição ao blog, gostei do texto, já foi pros favoritos ;)